CLAUDIA BRIZA
Valongo, 2016
Videoinstalação com 7 canais, som, loop
A videoinstalação consiste em sete monitores de 40 polegadas posicionados circularmente, com diâmetro aproximado de cinco metros, e voltados para o centro, de maneira que se possa caminhar em meio às telas.
Em cada video, a artista procura soletrar gestualmente a palavra VALONGO; cada vez que o chicote bate no chão, ouve-se um som de tiro. Neste trabalho, a artista fala sobre violência, poder, imposição e novamente sobre a imagem: apropria-se da figura do chicoteador homem branco para formar com este conjunto de videos um “círculo de fogo” no qual tiros são ouvidos vindo de todos os lados, uma vez que os monitores formam um círculo em volta dos espectador.
Ao lado, uma previsão de montagem da videoinstalação e uma edição sequencial das sete telas, formando a mesma palavra e considerando assim a apresentação do trabalho também em um canal.
A partir deste trabalho, foram lançadas duas publicações impressas na 7ª edição do Monográfica, evento promovido pelo Saracura, espaço de arte no Rio de Janeiro, que também contou com uma conversa com a curadora Olivia Ardui. Uma das publicações, distribuída nas redondezas das ruínas do Cais do Valongo, consiste em um flyer que imita uma propaganda de empreendimento imobiliário, na qual de um lado vemos uma foto da artista sinalizando o caminho para chegar ao local, como um “homem placa”, e do outro lado informações sobre as ruínas, com dados, mapa e um texto que fala sobre a importância da região e de sua carga histórica.
Abaixo, conteúdo da publicação
Quando as máscaras caem, o que resta da ficção?
Entrevista com Claudia Briza por Olivia Ardui